quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal...

Todo dezembro me bate uma melancolia terrível, o Natal vem chegando. Ruas, casas, edifícios, tudo decorado pro Natal e tudo lindo... A Avenida Paulista é um dos poucos motivos pelos quais eu gosto ainda de São Paulo e no Natal então fica linda de viver, sim, de viver, porque morrer não combina nada com a palavra “linda”.

As pessoas parecem que mudam também, ou melhor, não mudam, mas têm crises súbitas de consciência, agindo melhor com as pessoas ao redor, fazendo algumas boas ações como levar brinquedos para crianças carentes. Eu vejo o lado bom disso sim, antes ser assim por 1 mês no ano que não ser nunca.

Mas o meu maldito ou bendito, perfeccionismo me faz ver algumas dessas atitudes como uma grande e sórdida hipocrisia. Se é bacana agir assim em 1 mês, porque não agimos sempre? Poderia ser melhor, sempre pode. De que adianta ir na missa de Natal se quando você sai de lá você já está falando mal de muitas das pessoas que conhece e fazendo o mal a essas pessoas também?

Ao longo dos meus 26 anos talvez eu tenha me tornado uma pessoa cética demais e isso que ainda sou “jovem”, embora eu não ache... Já não acredito em Papai Noel e menos ainda nos filhos deles.

Bom, mas no Natal tem os presentes e isso é ótimo, assim como a ceia. Sim, eu gosto de ganhar e de dar presentes e por incrível que pareça, fico mais contente quando compro um presente a alguém do que a mim mesma, gosto mesmo de dar presentes, e amo a ceia de Natal. Mas...sim, meu maldito perfeccionismo novamente, é nascimento de Jesus, é isso que deveria se comemorar e não trocar presente por trocar. Embora minha religião seja diferente da que a minha família segue, religião me remete a família e família vem sempre em 1º lugar pra mim. Nos tempos de hoje me digam, quantas famílias se reúnem no Natal? Digo reunir a família toda ou a maior parte dela. Conheço pouquíssimas. A minha família sou eu, meus pais e meu irmão. As famílias são muito desunidas atualmente, é só briga, interesse... E quanto aos presentes, eu gostaria de poder comprar muitas coisas pra minha família, a maior parte de coisas que eles estão precisando muito, mas não posso e isso, nesse mundo consumista de hoje, nessa data que exploram o consumismo ao extremo, por mais que eu tente me abster, me dói um pouco.

Enfim, vai chegando o Natal, e por mais que essa melancolia e ceticismo me dominem eu tento passar uma noite e um dia bacana, acreditando que uma hora eu possa gostar mais do Natal (mesmo que a melancolia que me acompanha desde sempre nessa época continue aqui, acho que sou emotiva demais, será?). Afinal, a esperança é uma das coisas mais desejadas no Natal e sem ela nossa vida seria muito chata não?

Que todos tenham um bom Natal, cheio de paz, amor, prosperidade e acima de tudo esperança. Que Deus ilumine todos nós nessa noite e sempre.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Quase

Ainda pior que a convicção do não,
É a incerteza do talvez,
É a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda,
Que me entristece,
Que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
Quem quase passou ainda estuda,
Quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
Nas chances que se perdem por medo,
Nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor.
Está estampada na distância e na frieza dos sorrisos,
Na frouxidão dos abraços,
Na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima,
O amor enlouquece,
O desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo,
O mar não teria ondas,
Os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina,
Não inspira,
Não aflige nem acalma,
Apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão,
Para os fracassos, chance,
Para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...
Porque, embora quem quase morre esteja vivo,
Quem quase vive já morreu.


Luiz Fernando Veríssimo

Porque, definitivamente, meu objetivo em 2011 é fazer com que seja muito mais que esse ano, que passe dos "quases" que vivi por tantas vezes em 2010 e que tanto me angustia...

domingo, 28 de novembro de 2010

Espinhos também doem para sair...

Fim de semana sem companhia e, ao se referir a companhia queria dizer não física, mas apenas a presença de alguém especial de alguma forma. Havia se enganado mais uma vez...
Dessa vez tinha tentado tirar o peso na consciência pelo fim do outro relacionamento que, no fundo, sempre achou que tivesse boa parcela de culpa. Deixou de ser ela mesma, engoliu sapos que não engoliria, chorou em silêncio algumas vezes pra não dar o braço a torcer que estava com raiva...

E deu certo? Deu sim...deu certo pra ela aprender que quanto mais se faz por alguém, mais esse alguém exige. Se ela havia deixado de reclamar de certas coisas que normalmente ela reclamaria, agora ela tinha que não reclamar de absolutamente de nada, nem mesmo podia pedir sua "presença" fosse por qualquer via "real", tecnológica, whatever.
Deu certo mesmo? Deu sim.... hoje ela tem certeza absoluta que não foi seu ciúme, não foi o fato de ela ser brava e nem nada disso que fez com que vivesse uma sucessão de tentativas frustradas de relacionamentos.

E o que foi? A pessoa certa...ela nunca acreditou nisso, mas hoje acredita. Existe sim a pessoa certa, e essa pessoa vai gostar dela do jeito que ela for, vai aceitá-la e admirá-la com todos seus defeitos.

Chegou a essa conclusão depois de analisar suas próprias atitudes e os relacionamentos que via ao seu redor. Sabe aquela amiga lunática, cujo namorado não pode nem olhar pro lado que ela quase mata o coitado? Pois é, ela vai se casar com ele...porque ele gosta dela assim. E aquela outra que não liga se o namorado passar um final de semana inteiro com os amigos? Também esta noiva. Enfim...a pessoa certa vai te amar justamente do jeito que você for, e, inclusive, pelos seus defeitos, pois são eles que a fazem única...

E ela? Chorou muito quando mais uma tentativa de relacionamento que ela tanto tinha evitado, mas que aconteceu, agora estava acabando de novo. Porque essa é a forma que ela ela tem pra colocar suas mágoas e dores para fora, como algumas pessoas gritam, outras ficam em silêncio...ela chora.

Às vezes ainda sente medo de nunca encontrar essa pessoa certa ou de quando encontrá-la fugir por tanto já ter se machucado...ou talvez ja a tenha encontrado mas num momento errado...No fundo todos tem medo de ficarem sozinhos a vida toda, por mais que neguem...e em plena TPM, esse medo veio a tona. E o coração está doendo hoje, por ter considerado alguém especial sendo que não passava de mais um, ou pela dúvida de essa pessoa até ser especial, mas ter enfiado os pés pelas mãos...

Mas como ouviu de alguém que acredita e confia muito: "espinhos também doem para sair e após as lágrimas vem sempre coisas boas".
Espera anciosamente pelas coisas boas que parecem já estarem vindo...

E esse vídeo abaixo...faz parte do post de certa forma.



ps: esse post não saiu bom, mas considerem a TPM... =P

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A algumas pessoas e a mim mesma...

Já há algum tempo pensava nisso até que então chegou a uma conclusão. Muitas vezes, por mais normal que uma situação já seja, ainda existe muito preconceito ao redor dela e esse preconceito pode fazer com que se perca de viver um grande momento ou até mesmo o melhor momento de sua vida. Referia-se a internet. Parecia besteira, mas não era. Fazia 2 anos que havia voltado do interior, onde esteve por 4 anos para estudar, e os amigos que havia "deixado" quando se mudou, já não apareciam mais por mais que os tivesse procurado mesmo nesses 4 anos que esteve mais distante (talvez não fosse mesmo amigos não é mesmo). Os amigos da faculdade? Cada um de um lugar diferente. Então a internet começou a fazer mais parte de sua vida que as baladas ou bares, afinal, frequentar sozinha a internet é bem mais fácil que baladas e bares, onde você se sente um alien se vai sozinha.

Naturalmente, a maioria de seus conhecidos, amigos e até rolos ou namorados, surgiram a partir da internet. Não é assim que as coisas são? Conhece-se pessoas nos locais que se frequenta. Sim, agora parece natural, mas até ontem não parecia nem para ela mesma. Indignava-se com as outras pessoas que viam o fato de seu novo relacionamento também ter surgido a partir do mundo virtual, assim como o último, e da pessoa ser do mesmo lugar (longe de sua cidade) assim como o último, como uma coisa terrível e, no fundo, ela também pensava nisso como uma coisa ruim. Claro que um jogo de tiros não parece ser algo mais indicado para se fazer amigos ou até mesmo outros tipos de relacionamento, mas se é o "local" que ela mais frequentava, seria normal conhecer pessoas ali, não?

E como todo esse preconceito e outras coincidências coincidentes demais (sim, é preciso reiterar que as coincidências são muitas), ela quase afastou dela uma das melhores pessoas que já conheceu na vida. Pensou demais no que iriam pensar, pensou demais nas coincidências e o medo de viver novamente algo que a machucou muito, tomou conta e sem nem mesmo perceber quase acabou com a chance de viver momentos maravilhosos e que são os responsáveis por sua tranquilidade e felicidade hoje, mesmo diante de tantos problemas que passa.

Sua vida estava de cabeça para baixo e isso atrasa todos seus planos e sonhos e não há nada que possa ser feito no momento para mudar isso. Ela já não é tão animada quanto era e de vez em quando bate aqueles momentos em que se precisa extravasar e ela se torna chata, chata e chata. E no meio de todo esse vendaval, quem ficou? Seu ex-namorado? Não, foi o primeiro a cair fora quando as coisas ficaram ruins. Seus amigos do colégio? Esses só foram amigos enquanto a familia dela era muito bem financeiramente. Restaram apenas os melhores amigos e esses são 3, e que ela fazia questão de citar: A Mari, conheceu na UNESP, o Luciano, que conhecido no tal jogo de tiro e o Maurício, conhecido no jogo de tiro também e que já a conheceu na pior e que não se afastou por mais que ela o tentasse afastar (sim, é a pessoa das coincidencias citadas acima e hoje seu melhor amigo e confidente). E o que faz dessas 3 pessoas tão especiais? O fato de não terem ficado ao lado dela apenas nas horas boas, o fato de serem pessoas incríveis, honestas, sinceras, prestativas e divertidas.

E hoje esse post é dedicado a esse guri mais que especial que está com ela, a quem ela quer agradecer pela paciência e compreensão, pelo carinho e pela felicidade, e, principalmente pela força que ele tem dado sempre. E a quem ela também quer pedir desculpas por muitas vezes não ter conseguido retribuir tudo isso, devido ao que ela viveu com um alguém que nem merece estar nem em suas lembranças mais. Hoje ela quer que ele saiba o quanto é querido por ela e que por mais que ela não demonstre paixão ou qualquer dessas coisas malucas, aos pouquinhos ele foi conquistando seu coração e construindo esse amor que ela sente por ele. Paixões acabam...o que resta é o respeito, a consideração, o carinho, a admiração e que tudo junto é esse amor que ela sente hoje, mais calmo, tranquilo e que a deixa muito feliz. Meu girassol...

E quanto ao que os outros pensam...não são eles que pagam as suas contas, são? Então, pensem e digam o que quiserem ;)



ps: Mari e Lu, obrigada por tudo sempre!

domingo, 10 de outubro de 2010

Inércia

Novos acontecimentos, novas pessoas, novos lugares...

E a mesma história novamente...

E a perda de qualquer esperança de que algum dia seja diferente...

Permaneço aqui, tranquila, talvez não feliz...

Talvez um pouco decepcionada das coisas serem como eu já esperava que seriam...

Talvez eu ainda esperasse um novo enredo...

E a perda de qualquer esperança...

E não esperar mais nada de ninguém nunca...

E a inércia que de certa forma me traz paz...


Talvez uma paz que eu já esteja cansada de viver...

Mas ainda assim uma paz segura.


E é essa segurança que ainda segura minhas lágrimas...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

E se?

Era outubro de 2009, e mais uma história, entre tantas outras, se acabava. Entre tantas outras tão diferentes e tão iguais, tão especiais e tão tristes, tão únicas e tão comuns. Era, ou melhor, é, seu grande amor...grandes amores são para sempre, e sempre são histórias felizes com finais tristes (ou pelo menos, na maioria das vezes).

E sobre os grandes amores, ela já tinha sua teoria. Quantas pessoas que você conhece que ficou de fato ao lado do seu grande amor? Ela conhecia exatamente nenhuma. Ela conhecia sim pessoas que tiveram seus grandes amores, mas que, por algum acidente do destino os perdeu. E então essas pessoas se casam com outras, afinal não resta outra opção a não ser se conformar com a perda, e não era por isso que não amavam aqueles com quem se casaram, amavam sim, mas não era igual. Um grande amor é intenso, um grande amor acontece...já os outros...ah os outros são por aprender a amar, aprendemos a amar quem nos trata bem, quem tem carinho e respeito por nós. E os grandes amores, ficam apenas nas lembranças...

Era a primeira vez que planejava um futuro ao lado de alguém, família, filhos, almoço de domingo na casa dos sogros. Já havia tido outros relacionamentos bem mais duradouros e estáveis, e fugira de todos eles quando chegava o momento de "pensar no tal futuro". E dessa vez agarrava-se a essa futuro com toda a força, afinal uma história tão diferente, tão bonita, tão intensa deveria ter um porquê de acontecer, não deveria?

Já é setembro de 2010 e foi nesse mês, há 1 ano atrás, a última vez que havia visto seu grande amor. Hoje, ele é o grande amor de uma outra pessoa, ele sabe fingir bem esse papel. Foi semana Farroupilha no Rio Grande, onde ele mora, e agora, ele visitou os mesmos lugares e fez as mesmas coisas que havia feito em 2009, mas ao lado de uma outra pessoa.

Ela passou a semana inteira com aquela angústia, que talvez vá lhe acompanhar pelo resto de sua vida. Lembrou da forma como acabara aquele relacionamento que, na época inclusive, era o que ainda lhe dava forças para lutar contra todos os obstáculos que apareciam em série em sua vida... E lembrou do quanto ela queria ter pego um avião e ido ao Rio Grande, eles sempre se entendiam bem melhor pessoalmente e o máximo que aconteceria era ela continuar com um não, mas tiraria a dúvida. Mas todos diziam para que ela não fizesse isso, que não valia a pena, e de tão machucada que estava, resolveu aceitar a opinião dos outros. Ela que sempre teve o pensamento de "nunca deixar de fazer nada, porque antes o arrependimento de ter feito, do que a dúvida de não ter feito".

Hoje sente falta daquele abraço de adeus, ou quem sabe de reconciliação e nunca vai deixar de pensar: E se tivesse ido buscar esse abraço? Ainda sim seria o fim? E se não vale a pena ir atrás do seu grande amor, o que vale a pena então?


terça-feira, 6 de julho de 2010

Mudanças

Chorou, mas chorou de alívo, uma certa felicidade talvez. Era como se tirasse do seu peito um peso enorme. É, já não sentia mais nada...e era uma certeza agora. Nada? Não é absolutamente nada, resta uma mágoa, bem lá no fundo, misturada com um arrependimento por ter insistido em reconquistar algo que nunca havia nem conquistado, quase que um masoquismo involuntário e obsessivo.

Havia passado de fato o passado e tudo aquilo já nem sentido mais fazia. A dor tinha sido tão forte tantas vezes que em quase todas pensou que não sobreviveria, sobreviveu...mas não ilesa. Aprendeu muito e aprendeu acima de tudo que o tempo não cura absolutamente nada. Tudo, nada...engraçado como um tudo tem a capacidade de se transformar em nada assim como o dia em noite, mas assim também como o dia e a noite...resta um pouquinho do tudo no nada. Durante o dia ainda há um pouco de lua, mas quem percebe a lua quando se há um sol radiante cobrindo sua forma?

Havia um pouco de lua ainda, mas já não estava em foco. A lua sempre estará la, fazendo parte do seu sol, mas já não lhe chamava mais atenção, aliás ela já nem se lembrava desse tudo que restou no nada dentro dela.

O tempo não cura, o dia não faz sumir a noite...tanto o tempo como o dia, apenas tiram de foco algo que antes estava em evidência. Parou de sangrar, parou de doer...Estava bem, ouvia Edguy, chegou à conclusão de que voltara a ser ela mesma finalmente e que nunca mais chegaria próximo desse alguém que tanto lhe magoou. Concluiu também que o mundo pode ser sim dividido entre pessoas boas e más...e o que não pode ser definido como boa, é má, e ela havia conhecido uma pessoa muito má.

Decidiu sempre que pudesse fazer o dia de alguém melhor, fazê-lo. Não existe bem maior que esse, não queria correr o risco de se tornar alguém ruim como aquela pessoa que conhecera e que cometera o infeliz erro de amar. Não queria ser pra ninguém o que aquela pessoa hoje era para ela.

Desistiu de tentar o tempo todo fazer seus sonhos realidades, viu que podia ser bem melhor de vez em quando fazer de sua realidade um sonho e assim estava fazendo. Estava feliz e leve...e essa felicidade e leveza, apesar de parecer mais vantajosa, estava infelizmente acabando com seu talento para escrever...

É, não se pode ter tudo.

Bonus:

sábado, 19 de junho de 2010

Só mudei o meu jeito de enxergar...

Porque finalmente tudo fica em seu lugar, como deveria estar...

há tempos.


"Você pode me fazer sorrir
E não há mais nada a acrescentar
Hoje vivo sem nenhum vazio
Agora tudo tanto faz
Se minha paciência longe vai
Posso ouvir um "fica um pouco mais"
E o eco que sua voz produz
Me dá mais motivos pra estar (tão bem)
Tudo o que é meu
A você eu dou não importa o que
Tudo o que é seu
Quero que seja meu não importa o que
E assim eu vivo tão feliz
Só mudei meu jeito de enxergar

E esse pouco se tornou muito pra mim
Não posso esquecer jamais
De onde vim e quem eu sou
É que eu voltei
Aprendi na estrada o preço que paguei
Por tudo aquilo que eu não vivi
Tudo o que é meu
A você eu dou não importa o que
Tudo o que é seu
Quero que seja meu não importa o que..."

sábado, 12 de junho de 2010

Valentine's Day

Dia dos namorados e já há algumas semanas eu pensava nesse dia, em como queria que ele simplesmente sumisse do meu calendário, pra que não fosse um dia em que eu pensasse mais ainda em coisas que não deveria nem lembrar que um dia existiram. Há semanas penso em como seria um dia ruim o 12 de junho desse ano.

Mas não foi...eu acordei bem, e ao contrário do que eu pensei foi um dia que me deu mais forças para esquecer o que eu preciso esquecer. Obrigada São Valentim ou Santo Antônio! Esse 12 de junho foi decisivo para mim e eu estou feliz e espero ficar solteira durante muito tempo, não tenho mais saco pra mentiras, traições, falsidade, indiferença, ter que ficar cobrando satisfações de alguém que não vale nem R$ 1,00 furado. Many tks!

Às pessoas que namoram e acham que encontraram o amor de suas vidas ainda, Happy Valentine's Day!

Aqueles como eu, Happy's No Valentine's Night! E vamos aproveitar!

Indo tomar banho e me arrumar pra aproveitar esse dia frio e lindo ;)

Post ao som de Scorpions - Last Song

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Alice no País das Maravilhas

Em plena 3ª-feira ela foi ao cine ver Alice no País das Maravilhas. É um de seus desenhos preferidos e ela gosta muito de cinema, adora o Tim Burton e sim, como quase todas as mulheres, morre de amores pelo Johnny Depp. Ele faz os melhores papéis ever. O filme está para sair dos cinemas já e isso é bom, porque crianças no cinema é um inferno, e era 3ª feira.

Resolveu ir sozinha, precisava daquele tempo sozinha... durante alguns segundos até pensou que talvez pudesse querer alguém ali com ela, mas essa idéia desapareceu rapidamente, estava bem na companhia dela mesmo, e muitas vezes não há companhia mais agradável a nós que nós mesmos não é?

Assistiu o filme e adorou. Voltou pra casa viajando, querendo ser Alice.

Chegou 5ª-feira e depois de um dia de muito trabalho, ao voltar pra casa depois de uma decepção com alguém muito querido (mais uma diante de todas as outras), estava aguardando o próximo metrô. De repente as letras que formavam o nome da estação, já não formavam mais nada, não fazia sentido nenhum, não estava escrito nada ali, as pessoas ao redor que corriam, estavam paradas e as letras da Consolação (esse era o nome da estação, irônico não?) flutuavam a sua frente. E por um tempo que não deve ter chegado a um minuto, passou pela cabeça dela diversas situações vividas, que ela não gostaria de ter vivido, e que gostaria de viver de novo.

Não pertencia aquele mundo, apenas o vivia, mas não era dali, ou era? Ou teria sido? Ou seria? Tudo ficou confuso, naquele momento ela queria estar a muitos Km dali, num lugar que existe dentro e fora dela, mas que provavelmente ela nunca mais verá. Lembrou de vários momentos que estava num lugar querendo estar em outro, com algumas pessoas querendo estar na companhia de outras...e chegou a conclusão de que parecia estar sempre no lugar errado, ou então quando chegava ao lugar certo, a errada era ela.

As letras voltaram a formar o nome da estação e as pessoas a correr, em São Paulo, elas não andam, correm, sempre apressadas. O metrô chegou, ela não lembrava quais situações tinham passado por sua cabeça, mas lembrou da conclusão "o lugar está sempre errado ou eu estou sempre diferente". Lembrou da Alice, sempre gostou tanto dessa história, se sentiu no lugar da Alice, estava sim meio perdida, em todos os sentidos, e além disso, o coração doía.

Lembrou do filme, uma passagem do Chapeleiro com a Alice, onde ele diz " You used to be much more..."muchier." You've lost your muchness." E ela não queria perder sua "muchness"...e não ia perder... A vida nos confunde, as pessoas nos machucam, mas não podemos nunca deixar de ser quem somos...

Bonus: A trilha sonora do filme também é ótima...



"I'm still painting flowers for you..."

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Virar a página?

Feriado...e ela acordou cedo, levantou tarde, chorou até levantar. Ligou o som, no último volume como se a música pudesse impedi-la pelo menos por alguns momentos de pensar e sentir tudo aquilo que ela estava pensando e sentindo naquele momento e por muitos outros momentos anteriores a esse, durante muito tempo.

Resolveu virar a página...resolveu? Sim, sua cabeça resolveu, afinal já havia sofrido tanto, tentado tanto, chorado tanto, lutado tanto contra algo que não havia como lutar contra. Sempre foi uma pessoa batalhadora e teimosa, teimosa como dizia a mãe dela. Ela não era de desistir de nada que queria ou pensava, por maior que fosse o sofrimento no caminho da conquista de seu objetivo. Mas então veio o Amor, sabe aquela maldição criada pelo demônio? Então ela mesma, afinal de contas, se existem coisas criadas por um tal de deus e outras por um tal de demônio, podemos dizer que esse deus criou o sexo, e o demônio para competir com deus e mostrar que seu poder era maior, criou o amor. Alguém já sofreu por perder aquela "pessoa da manutenção"? Não, coloca-se outra no lugar facilmente. Mas tente colocar facilmente outra pessoa no lugar daquela que teve ou tem o seu amor? Não dá.

Piadas a parte - sim, ela conseguia pensar em piadas mesmo naquela crise de choro terrível (essa era outra coisa que a mãe dela dizia: você consegue brincar até mesmo com as desgraças, isso é muito chato às vezes sabia??? mas ela não podia evitar, sempre fora assim) - ela estava sofrendo pelo maldito amor, que na maioria das vezes senão TODAS as vezes, acontece apenas de um lado. Já fazia um bom tempo que aquele relacionamento tinha acabado, mas o coração dela não aceitava e por mais que conhecesse ou se relacionasse com outras pessoas e fosse muito bom, ela não esquecia aquele amor. Talvez porque até hoje ela não entendia a razão do fim, com ele, ela tinha vivido os melhores momentos de sua vida, a história deles parecia um sonho, então por quê acabou? Eles tinham diferenças, mas todos casais e até amigos e em qualquer tipo de relacionamento as pessoas terão diferenças, simplesmente pelo fato das pessoas não serem iguais.

Ele usou essas diferenças como razão para o fim. É, usou como razão, e então pensando nisso ela entendeu...se essa foi a razão, é porque sempre só houve amor de um lado, do dela. Mas esse amor era tão grande que mesmo entendendo que acabou porque ele nunca a amou e uma hora cansou de brincar, ela imaginou que pudesse conquistá-lo de verdade, afinal todos sempre diziam que ela era uma mulher linda, divertidissima, inteligente e etc etc etc...se ela era realmente tudo isso pra todos, porque não poderia ser para ele? E então ela tentou todo esse tempo mostrar essas qualidades para ele, mas não adiantou.

Hoje é feriado e ela aproveitou esse tempo em sua casa para apagar todas as memórias que ainda tinha daquele amor, se livrou das fotos digitais e impressas, se livrou de todas as cartas e cartões e pequenas recordações como bilhetes de cinema, flores secas, separou alguns presentes para serem doados...Como que assim ela pudesse definitivamente perder essas esperanças insanas que tinha, insanas sim, porque mesmo depois de todo o tempo que passou, ele continuou demonstrando todo o desprezo e indiferença que tinha por aquela mulher que o amava mesmo com todos os defeitos que ele tinha, mesmo com todas as atitudes horríveis dele com ela, ela que talvez seja a única que terá o amado de verdade em toda a vida dele, porque o amava sem nenhuma razão para isso, amava por amar...
E então sem aquelas lembranças todas lhe rodeando ela se sentiu mais leve, por algum momento, porque pelo menos por enquanto, arrancar o coração para jogar fora a lembrança dos abraços, dos beijos, do carinho, dos momentos, ainda não é possível. Ela está tentando virar a página, mas seu coração ainda está no mesmo livro, o esperando, mesmo que ela tenha a consciencia de que é uma espera em vão...

domingo, 30 de maio de 2010

O início

Hello people!

Resolvi fazer um blog. Tenho mil coisas que eu já gostaria de escrever aqui, mas de início vou explicar o porque do título do blog.

Hard Feelings é uma música da banda Symbols, que eu gosto demais e que tem muito a ver com as coisas que escreverei no blog. Hoje em dia eu ouço vários tipos de músicas, mas antigamente só ouvia rock, mais precisamente melódico e hard rock e, Symbols era uma das minhas paixões.

Aqui estão o vídeo e a letra da música:



I hope to live more to take care of you
I can wonder why to me is not enough
I was living without reason, when I saw you

You changed my mind and soul,
You changed all my life

I have no choice
I must close my eyes
To give all my love
Don't be afraid

It's always the same
I lost my mind
And when the night falls I try to keep the faith
Someday I will know what you really mean
I need to find someway I gotta have you

I dream all the time
I wanna make you happy
Always by my side
Always together

It's a hard felling (that) I can't understand
Now doesn't matter, I'm ready to move on
It's a hard feeling (that) I can't understand
It's unfair, but together we can win

Quantas vezes não temos aqueles sentimentos que não entendemos por que o temos? Que sabemos que não deveríamos tê-los e ainda assim eles estão lá? Sejam relacionados ao amor, como diz na música, ou a qualquer outra situação da vida...a verdade é que entendendo ou não, doendo ou não, a gente tem que seguir em frente né "now doesn't matter, I'm ready to move on". O tempo passa, a gente não pode parar no tempo.

Bom, por enquanto é só. Espero que gostem do blog e que possamos compartilhar experiências boas e ruins e quem sabe nos ajudarmos a entender alguns sentimentos inexplicáveis não é?