segunda-feira, 18 de abril de 2011

Decepções

Decepções...elas ocorrem e recorrem e machucam.

Pessoas são seres complicados, será? Não quer mais saber se sim ou não, tentou por muitas vezes entender atitudes e falta de atitudes entre outras coisas, vindas das pessoas que considerava tão especiais. Nunca entendeu e essas pessoas nunca se mostraram preocupadas em se fazer entender. Valeu a pena toda noite mal dormida ou até não dormida? Valeria a pena continuar tentar ficar presente na vida dessas pessoas?

Não sabia e não queria mais saber também...estava cansada. Deu vontade de chorar, chorou, mais uma decepção e dessa vez de alguém que ela não esperava. Naquele momento ela só quis um colo para encostar a cabeça e fingir que o mundo lá fora não existia; quis só um abraço daqueles que sufoca de tão apertado e que ao mesmo tempo a protege de tudo; só quis ouvir “eu liguei pra saber se você está bem” pra sentir uma dor menos doída dentro do peito.

Ela estava cansada, cansada de amar pela metade, cansada de se sentir sozinha. Cansou de tanta mentira, cansou dos dias iguais, da rotina. Ela cansou até mesmo dela e de se deixar sempre em última opção. Cansou de procurar seus amigos; cansou de mentir pra si mesma, pra ver se dóia menos; cansou de se preocupar com quem não se preocupava com ela; cansou de sofrer e de acordar indisposta.

Ela não quer mais sentir o coração bater mais forte a cada arrependimento de ter acreditado que as coisas poderiam ser diferentes do que pareciam ser, de ter sub julgado sua intuição e, com isso, ter se machucado tanto. Finalmente havia cansado de tudo, na verdade finalmente tinha tomado coragem de se afastar de tudo isso.

Decepções atrás de decepções, mas como aceitar isso e deixar para trás pessoas pelas quais ela tinha tanto carinho, momentos até mesmo bobos mas que marcaram e foram divertidos? Como aceitar que era tudo mentira e que aquelas pessoas que ela ficaria ao lado sempre que precisassem, simplesmente estavam ali com ela enquanto fosse conveniente e enquanto ela não precisasse delas?

Estava conseguindo fingir que não enxergava tudo isso, até que finalmente o Universo tratou de esfregar na cara dela a verdade, verdade que não precisava ser entendida, explicada nem nada...os porquês não importariam, não mudariam nada e o fato era de que aqueles "seus amigos" não eram seus amigos e o bom era que ela visse isso logo, antes que doesse mais ainda depois (seria possível doer mais ainda?).

Alguns desses amigos tinham ganhado uma segunda chance, pois já a tinham magoado, e fizeram o mesmo pela segunda vez. Os que estavam na primeira chance, o Universo se encarregou de mostrar que não merecem uma segunda chance também. E como dizia sua mãe (ela só se lembrava das frases de sua mãe depois que se dava mal): "Nos momentos de alegria seus amigos te conhecem, mas são nos momentos difíceis que você conhece seus amigos...". É exatamente isso, quando ela de fato precisei deles, pra onde foram?

Decepção...e decepção com amigos é bem mais dolorosa que com amores e nem são necessárias muitas explicações sobre essa afirmação. Sim, ela queria alguém que estivesse ao lado dela em qualquer momento, como ela estaria ao lado desse amigo também. Ainda assim não julga essas pessoas que a machucaram, como pessoas ruins, podem ser boas pessoas, mas foram seus colegas e não amigos sendo que ela os tinha como amigos.

Foram seus colegas? Foram, verbo no passado, porque a dor da decepção chegou com muita força e ela resolveu se afastar de uma vez de todos esses colegas a quem ela deu o seu melhor. O coração dói, sente falta dessas pessoas, mas já não aguentava ficar sofrendo quieta e fingindo a eles que estava tudo bem.

Decepções sempre farão parte...cabe a todos aprenderem com elas para que elas derrubem com menos forças, afinal é da natureza do ser humano ser ruim e são poucos aqueles que conseguem ir contra a essa natureza.

Demorou a escrever...demorou a ter coragem para deixar para trás tudo e todos enfim que ela achou que seria bom ter com ela...É hora de ir dormir, o banho disfarça as lágrimas e amanhã será um novo dia. Novas pessoas e a vida continua, um ciclo contínuo.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A dor é inevitável, o sofrimento é opcional (Feliz 2011!)

É...2011 chegou, 2012 dizem que o mundo vai se acabar. Será? Não sei...mas só sei que o meu mundo em 2010 desabou sobre minha cabeça.

E como toda passagem de ano, eu fico mega feliz porque amo festa de ano novo e fico mega chorona, cada ano choro por alguma razão, ou de alegria, ou de tristeza, ou de saudade...enfim, festas de final de ano me deixam emo, fato.

Enfim, as últimas comemorações de ano novo têm sido bem chatinhas pra mim, os amigos estão cada um em sua cidade e o namorado, bom, acho que um ser que cumpra esse papel na minha vida, jamais fará parte da minha vida de fato. Acostumo-me a ser sozinha nesse aspecto, ou encalhada, como preferirem. Também não tenho viajado porque ando mais pobre que o traficante do morro do Alemão, agora que perdeu seu ponto por enquanto.

Esse ano chorei lembrando do meu ano péssimo de 2010, nunca rezei tanto para um ano acabar como dessa vez. Eu nunca tive muita sorte em anos pares, mas esse foi o cúmulo do azar e quem foi o filho da mãe que disse que azar no amor, sorte no jogo, mentiu (tive tanto azar no amor em 2010 que pensei que fosse ganhar a mega da virada, mas nem isso...hauihaiuahuia). Estou azarada em todos os campos possíveis e imagináveis.

Aproveitei a crise de choro para pensar em tudo, pensei em tudo bêbada e, por incrível que pareça, entendi muita coisa que não entenderia se pensasse sóbria. Meu ano foi ruim sim, eu sofri muito, meu coração ainda dói até agora como minha alma, me sinto incompleta, frustrada... E algumas coisas eu não posso impedir que aconteçam, as coisas acontecem em nossas vidas muitas vezes sem esperarmos e sem podermos evitar. Mas o que eu posso fazer é mudar minha forma de agir conforme o que me acontece.

Sim, coisas ruins acontecem, mas eu posso não ficar me lamentando, me erguer do tombo e partir pra cima, no máximo posso cair de novo, mas levantarei de novo e de cabeça erguida. Vergonha não é sofrer, vergonha não é chorar, vergonha é desistir, se auto intitular derrotada como eu estava fazendo, sentindo pena de mim mesma.

Eu não tenho o emprego dos meus sonhos mas vou seguir batalhando por ele, eu não tenho um namorado, mas não vou mais mendigar amor de qualquer imbecil como fiz nesse ano de 2010, só pra ver se preenchia esse vazio que eu sinto. O vazio não foi preenchido e a dor aumentou porque eu sacrifiquei meu orgulho e amor próprio por idiotas que não valem porcaria nenhuma.

Essa minha falta de talento pra relacionamentos, e a forma ruim que eu encarei a situação esse ano que passou, me fizeram lembrar do filme :”ele não está tão a fim de vc”. Quantas vezes nesse ano eu não arrumei desculpas para mim mesma para justificar porque não me atenderam ou porque não me ligaram etc etc. Sendo que no fim, não me procuraram porque não quiseram e isso é a realidade. Estavam na aula? Se quisessem teriam retornado a ligação depois... E então eu me apegava ao fato de eu e o tal ser freqüentar um mesmo local e que se não nos falássemos mais ficaria uma situação chata. Dane-se a porcaria da situação chata, ele foi um idiota, será tratado como um idiota.

Definitivamente a primeira medida para 2011: parar de arrumar desculpas a si mesma pra deixar de fazer as coisas ou fazê-las. Isso inclui a procura por um novo emprego, a academia, homens... E assim, mudando a forma como eu me vejo, cultivando meu amor próprio, mudando a forma com que encaro as dificuldades, por mais problemas que eu venha a ter esse ano, eu sofrerei bem menos, afinal “a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional” (Carlos Drummond de Andrade).

Que venha 2011 e que seja um ano maravilhoso para todos!!!